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Papa não vai omitir destruição do meio ambiente no Sínodo da Amazônia, diz Igreja
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Governo Bolsonaro já manifestou à Santa Sé insatisfação por ver na pauta da assembleia de bispos brechas para enfraquecer a soberania nacional

A Igreja Católica afirmou na quarta-feira, dia 11, por meio de um representante enviado à Câmara dos Deputados, que o papa Francisco não vai omitir a destruição do meio ambiente nas orientações pastorais que fará após o Sínodo da Amazônia, a ser realizado em outubro, na Cidade do Vaticano.

Preocupado, o governo Jair Bolsonaro manifestou à Santa Sé insatisfação por ver na pauta da assembleia de bispos brechas para enfraquecer a soberania nacional e desgastar, no exterior, propostas já feitas pelo presidente.

Em resposta, a Igreja disse que há interpretações "descontextualizadas, superficiais e incorretas" sobre os objetivos do sínodo.

"As orientações pastorais que possivelmente serão lançadas pós-encontro de outubro não podem jamais negligenciar o que hoje está pedindo o povo presente nessa porção do território mundial.
E não pode ser omissa em relação a situações de destruição do ambiente, fonte de vida para essa e futuras gerações", disse Leon Souza, coordenador de articulação da Rede Elesial Pan-amazônica (Repam-Brasil), entidade católica que faz parte da organização do sínodo.

"O fazemos não por opção de lado A ou B de governos, mas porque o evangelho e nossa fé nos convocam a este compromisso, que, recordo, não começa em 2018 e 2019", afirma.

Um sínodo é uma espécie de encontro mundial de bispos, convocado de tempos em tempos pelo papa para discutir temas predeterminados por ele.

O da Amazônia será a décima assembleia especial.

Em 2017, dois anos depois de lançar a Encíclica do Meio Ambiente, a Laudato Si, na qual critica o modelo de desenvolvimento e o consumismo, o pontífice convocou o Sínodo da Amazônia, a pedido também dos bispos brasileiros.

"Essa assembleia sobre a Amazônia foi convocada pelo papa Francisco em 15 de outubro de 2017, portanto, um tanto distante temporalmente da atual conjuntura que a gente tem vivido, sobretudo política e ambiental, e que tem gerado discursos e interpretações descontextualizadas, superficiais e incorretas sobre a finalidade do sínodo", afirmou Souza aos deputados.

O sínodo dura três semanas, entre os dias 6 e 27 de outubro, durante as quais assembleias de bispos e especialistas convidados pelo papa discutirão problemas e propostas feitas pela Igreja no Instrumento Laboris, o documento de trabalho que orienta o encontro.

Em Roma, só os bispos terão direito a voto.

No dia 27, o papa encerrará o sínodo com uma missa.

Em seguida, emitirá uma "exortação apostólica", documento com diretrizes ao conjunto da Igreja.

O documento de trabalho foi elaborado pela secretaria do sínodo, depois que religiosos fizeram um processo de escuta com mais de 87 mil pessoas nos noves países sul-americanos pelos quais a floresta se alastra.

Segundo Leon Souza, os documentos do sínodo, que causaram apreensão no governo Bolsoanro, não são fruto de uma "criação abstrata" dos especialistas que assessoram o sínodo e religiosos da Repam, mas "uma síntese difícil de fazer sobre o que hoje ecoa com mais força na Amazônia brasileira e em mais oito países".

"Podemos e devemos aprimorar tudo que está no documento, por isso e para isso a assembleia vai se reunir na Cidade do Vaticano", explicou ele.

Conforme o coordenador da Repam, a Igreja Católica defende "outros modelos de desenvolvimento que considerem, irredutivelmente, a dignidade dos povos em e de seus territórios".

Depois dos atritos com o governo e militares, a Igreja Católica decidiu buscar o apoio de parlamentares em defesa do sínodo.

Na quarta-feira, a Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços da Câmara dos Deputados promoveu uma audiência pública com o tema "Sínodo da Amazônia e a relevância da Zona Franca de Manaus para a preservação ambiental e sobrevivência dos povos da floresta".

Além da defesa do sínodo, a audiência serviu como uma forma de a bancada do Amazonas discutir mais investimentos e a manutenção da zona franca.

Convidado, o relator-geral do sínodo, cardeal d. Cláudio Hummes, não compareceu por motivos de saúde.

Na semana passada, a organização do sínodo fez um ato em defesa da floresta na Câmara.

O bispo do Marajó (PA), d. Evaristo Spengler, discursou na tribuna e entregou aos deputado a Carta de Belém, texto no qual os clérigos se dizem "criminalizados" e tratados pelo governo como "inimigos da Pátria".

Fonte:Portal Terra

   
       
 
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